Resenha
Instituto de Artes
Departamento de Música
Música - Licenciatura
Linguagem e Estruturação Musical 1
William Diego Mourão Queiroz
Resenha crítica de textos propostos pelo professor
Ricardo Dourado Freire
Brasília – DF
Maio/2013
GLADWELL, Malcom. Fora de Série. Ed. Sextante. (Cap.8 “Arrozais e Testes de Matemática” e Cap.9 “A Barganha de Marita”)
Nos arrozais do sul da China, um rizicultor trabalhava em média 3 mil horas por ano, juntamente com sua família e até amigos, para aproveitar ao máximo o que a terra podia oferecer. Havia-se de por a argila no solo, a água tinha de estar no nível ideal, devia-se arrancar à mão as ervas daninhas do solo.
Enquanto que em culturas ocidentais, como a francesa e a russa, os agricultores trabalhavam apenas no verão e faziam do inverno a estação de descanso e ócio, os rizicultores do sul da china não deixavam de trabalhar mesmo na época da seca. Fabricavam artigos feitos de bambu, como chapéus e sandálias e vendiam nos mercados, ajudavam parentes em outras cidades, nunca deixando de prover sustento à família. Desta tradição temos exemplo em ditados populares como o mencionado como subtítulo do capítulo 9: “ninguém que em 360 dias do ano acorde antes do amanhecer deixa de enriquecer a família”.
Vemos em ditados chineses a forte tradição do trabalho duro e da perseverança. Um dos possíveis motivos apresentados por Gladwell é a própria forma com que se estabeleceu o sistema do império. Ao passo que em nações que se organizaram em sistemas feudais ou em mão de obra escrava onde os lavradores recebiam uma parte mínima de tudo o que produziam (o senhor feudal detinha o poder da terra e, portanto, a posse da produção), o império chinês baseava seus sistema comercial de forma que o rizicultor sempre era recompensado por seu trabalho (não importando a quantidade da produção, o rizicultor devia destinar não mais que 20% ao império).
Gladwell faz uma ligação com a