resenha
Darcy Ribeiro (1922-1997) foi antropólogo, escritor e político brasileiro. Destacou-se com trabalhos em defesa da causa indígena e com trabalhos na área da educação, antropologia e sociologia.
Darcy Ribeiro (1922-1997) nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, no dia 26 de outubro de 1922. Filho do farmacêutico Reginaldo Ribeiro dos Santos e da professora Josefina Augusta da Silveira. Estudou no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros. Mudou-se para São Paulo, estudou Medicina durante três anos, desistiu do curso e de volta ao Rio de Janeiro, ingressou na Escola de Sociologia e Política, graduando-se em 1946, no curso de Ciências Sociais.
Entre 1949 e 1951 trabalhou no Serviço de Proteção ao Índio. Colaborou para a Fundação do Museu do Índio e do Parque Nacional Indígena do Xingu, na região do atual Estado de Mato Grosso do Sul. Escreveu vários trabalhos em defesa da causa indígena. Em 1955 organizou o primeiro curso de Antropologia na Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro.
No governo do presidente Jânio Quadros, em 1961, foi Ministro da Educação. No governo de João Goulart foi Chefe da Casa Civil, onde elaborou as reformas de base. Em 1964, teve seus direitos políticos cassados e foi exilado no Chile e no Peru. Em 1976, de volta ao Brasil, dedicou-se à educação pública. Durante o governo de Leonel Brizola, implantou no Rio de Janeiro os Centros Integrados de Ensino Público (CIEP). Entre 1983 e 1987 foi vice governador do Rio de Janeiro, e em 1991, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro.
Escreveu várias obras sobre etnologia, antropologia, educação, além de romances. Seu último trabalho, em 1995, foi "O Povo Brasileiro - a Formação e o Sentido do Brasil". Foi eleito para a cadeira nº 11, da Academia Brasileira de Letras. É patrono da cadeira nº 28 do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros.
Darcy Ribeiro faleceu em Brasília, vítima de câncer, no dia 17 de fevereiro de 1997.