Fazendo uma síntese comparativa, tomando como base o documentário “Clássicos da Sociologia” produzido pela Univesp, dos três grandes sociólogos, Émile Durkheim, Karl Marx e Max Weber, teremos um ideia da linha de raciocínio de cada um. Da imposição do fato social sobre os homens, do estudo da luta de classes e dos diferentes tipos de ação social. Com suas ideias rígidas, Durkheim é frequentemente considerado o mais ultrapassado entre os clássicos da sociologia, no entanto é preciso compreender o contexto histórico no qual ele viveu, e que, apesar disso, há muito em seus textos ajudam a compreender o mundo contemporâneo. Para ele, fato social é tudo aquilo que exerce um poder de correção sobre o homem, ajudando-o a formar laços entre eles. Sua principal característica é ser exterior á consciência individual pois é uma expressão da representação coletiva. Em sua obra, A Divisão do Trabalho na sociedade (1893), explicou a formação desses laços formados na sociedade com dois tipos de solidariedades, a mecânica e a orgânica, relacionando-as em seguida com a divisão do trabalho. Tomando um exemplo mais prático, a solidariedade mecânica é característica das sociedades ditas "primitivas" ou "arcaicas", ou seja, em agrupamentos humanos de tipo tribal. Nestas sociedades, os indivíduos que a integram compartilham das mesmas noções e valores sociais tanto no que se refere às crenças religiosas como em relação aos interesses materiais necessários a subsistência do grupo. São justamente essa correspondência de valores que irão assegurar a coesão social. De modo distinto, a solidariedade orgânica é a que predomina nas sociedades ditas modernas ou complexas. Além de não compartilharem dos mesmos valores ou crenças sociais, os interesses individuais são bastante distintos e a consciência de cada indivíduo é mais acentuada. A divisão econômica do trabalho social é mais desenvolvida e complexa e se expressa nas diferentes profissões e variedade das atividades industriais.