Resenha
(MACEDO Donaldo. Alfabetização, linguagem e ideologia-in. Ver. Educação e sociedade, ano XXI, nº 73, dezembro de 2010), O autor inicia seu texto frisando o seu objetivo que é “desenvolver uma concepção da alfabetização como forma de politica cultural”, tendo assim (alfabetização) uma forte influencia na vida do aluno, pois pode definir o que aquele individuo venha a se tornar enquanto ser social.
Segundo Macedo, por mais que os educadores venham dando mais ênfase à questão da alfabetização, discutindo sobre o assunto, há uma tendência nessa discursão de manter a velha ideia que se tem de alfabetização com, simplesmente, questão de aprender a língua padrão, ou seja, aprender ler e escrever com base em culturas ditas “superiores”, essa visão e duramente criticada pelo autor, pois deixa de levar em consideração as experiências culturais de determinados indivíduos. O problema desse modelo antigo de alfabetização é que educa os indivíduos com base em culturas dominantes e acabam aculturando os alunos de culturas desprestigiadas.
Para que a ideia de alfabetização ganhe significado, deve ser situada em uma teoria de produção cultural e encarada como parte integrante do modo pelo qual as pessoas produzem, transformam e reproduzem significados. A alfabetização deve ser vista como um meio que contribui tanto para produzir como para reproduzir as experiências culturais de determinados grupos sociais. Daí, ser ela um fenômeno eminentemente político e dever ser analisada no contexto de uma teoria de relações de poder e de uma compreensão da reprodução e da produção social e cultural. (pag. 85, paragrafo 2)
Alfabetização é, portanto, além de um meio de passar conhecimentos e culturas já existentes, parte integrante na produção cultural, ou seja, o objetivo não é apenas criar leitores/escritores, mas também cidadãos críticos e atuantes.
Em países desenvolvidos como os Estados unidos, esse tipo inovador de