Resenha
Este trabalho objetiva desenvolver uma reflexão em torno de algumas questões que vêm sendo amplamente discutidas no campo da saúde coletiva. Trata-se não só da mudança no perfil profissional das categorias envolvidas, mas principalmente da transformação de tais profissionais em agentes de mudança a partir de um compromisso social perante o ideário do sistema de saúde e seus usuários.
A CONSTRUÇÃO DE NOVOS SUJEITOS E PRÁTICAS EM SAÚDE: EM QUESTÃO O COMPROMISSO SOCIAL
Observa-se que, ao longo dos últimos anos, vem se desempenhando no setor saúde uma nova relação entre Estado e sociedade, onde se torna mais visível a presença de uma diversidade de atores, cada qual com seus interesses e projetos próprios, relação que pode propiciar um maior controle público sobre a assistência que é prestada á populaçao, na medida em que passa a ser sujeito ativo e co-responsável pelos rumos tomados pela saúde pública no país.
É preciso uma reconstrução da subjetividade dos trabalhadores do campo da saúde, bem como alterar a cultura organizacional hegemônica, sendo esse, então, o grande desafio que a reforma Sanitária enfrenta no país.
Em outras palavras, em se tratando dos Recursos Humanos, temos dificuldades não só em termos da formação profissional, organização e gestão, mas principalmente, no sentido de “erradicar o desinteresse, a alienação, o agir mecânico e burocratizado” ( Campos, 1994,p.43) que estabelece um nítido distanciamento dos trabalhadores entre si e com os usuários dos serviços de saúde. Estamos falanda da falta de compromisso do profissional com as instituições de saúde, com a qualidade e e humanização das práticas, com o acolhimento e vínculo com os usuários, aspectos considerados fundamentais para a transformação dos modos hegemônicos de fazer saúde e para a construção de um sistema de saúde universal, integral e equânime.
Tal quadro é conseqüência de uma série de fatores que vêm se