Resenha

Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Este texto é uma resenha do capitulo 2 do livro; Analise de Texto: fundamentos e práticas de Irandé Antunes, publicado em 1937. Este capítulo apresenta noções preliminares sobre texto e suas propriedades e procura conceituar textualidade e texto.
Sobre o conceito de textualidade, Antunes faz uma sucinta definição, como sendo qualquer ação de linguagem que tenha uma função comunicativa. Neste sentido, o autor faz referencia a Schmidt e Marcuschi que compartilham da idéia de que toda ação comunicativa se dá na forma de texto.
O conceito de texto é tratado pelo autor como sendo tudo o que falamos e escrevendo em situação de comunicação. A partir dessa definição, baseado em autores como Schmidt, Marcuschi, Adam, Halliday e Hasan, são apontados diversos fundamentos teóricos que procuram mostrar as várias funções comunicativas que o texto exerce no contexto social.
Com tudo, o autor chama a atenção sobre o que deve ser considerado como texto. Assim, para Antunes, nem todo conjunto de palavras forma um texto. Neste sentido, para ser reconhecido como texto, o conjunto de palavras precisa apresentar determinadas propriedades ou critérios textuais.
Dessa forma, para ser considerado texto, a junção de palavras precisa apresentar coesão, coerência, informatividade e intertextualidade. Para o autor, estes elementos são propriedades que fazem parte da construção textual, entretanto, um texto também apresenta o que Antunes chama de condições de efetivação do texto. Segundo ele, estes elementos estão mais relacionados aos interlocutores e ouvintes de uma determinada interação textual.
Diante destes elementos, o autor tenta mostrar que a análise textual precisa ir além dos aspectos gramaticais e ortográficos e com isso perceber outros componentes fundamentais da comunicação relevante e adequada socialmente.
Para Antunes, esse tipo de análise e ensino que se limitam às classes de palavras e funções sintáticas, tem