resenha ética
Anteriormente à tradição filosófica, que passou a buscar uma explicação racional para o sentido da vida, havia a explicação através do mito, que buscava o sentido para nossa existência no sobrenatural, crendo em deuses e criando fábulas para explicar o inexplicável. Com o surgimento dos primeiros filósofos, essa tradição foi deixada um pouco de lado, buscando-se uma racionalização, uma explicação possível e concreta do ser. De início, a filosofia faz uma leitura racional das próprias narrativas mitológicas, para posteriormente desenvolver seus próprios métodos explicativos. Por se tratar de uma tradição raizada na cultura do povo, essa tradição mitológica perdeu espaço mas nunca deixou de fazer parte da cultura dos povos, existindo até nos dias de hoje em muitas estórias e lendas.
Surge assim os critérios filosóficos. Podemos citar primeiramente os céticos, que não aceitam nada imposto, dogmático. Porém há dois grupos de céticos, os que duvidam de tudo ao que são expostos (dúvida absoluta), descrendo até mesmo na vida, mas se tornam contraditórios, pois nada é verdade, e dizer isso já não seria uma verdade? E existem os céticos que duvidam de algo (dúvida metódica), afirmam que desconhecem isso, mas que se pode chegar a uma certeza acerca dessa questão. Esse duvidar de tudo dos céticos leva ao conceito de aporia, que se encontra em anexo ao relatório.
Outro critério filosófico que surge é a lógica, que começou com Parmênides, criador da frase “o ser é, o não ser não é”, e foi desenvolvida por Aristóteles, que formulou a célebre frase “ser ou não ser”. Na lógica utiliza-se o raciocínio binário, o termo “ou”, tudo ou nada. A mesma frase contém termos contrários, que têm existência própria, não dependendo do outro termo empregado para ser