Resenha "O Velho na propaganda" de Guita Debert

Antropologia do Consumo - Guilherme Martins e Eric Lopes
Prof: Ruth Helena Britto

O velho na propaganda

Ao longo dos anos, a figura dos idosos dentro do ambiente da propaganda mudou. Antigamente, a presença de personagens mais velhos era quase que inexistente e, embora isso tenha mudado ultimamente, muitas vezes são retratados de maneira desrespeitosa, seja acentuando aspectos negativos, criando estereótipos de inferioridade e, em alguns casos, de maneira cômica, principalmente em programas humorísticos.

A partir dos anos 80 começa a acontecer uma mudança na visão acerca dos velhos, e estes, que por sua vez não possuíam o devido reconhecimento, passam a ser retratados de modo mais positivo, como símbolos de poder, riqueza e até mesmo exemplo de longevidade. Hoje podemos ver propagandas em que pessoas de mais idade possuem papel determinante, muitas vezes nos surpreendendo ao defrontá-las como paradoxos, seja com produtos relacionados à tecnologia e/ou temas polêmicos, como sexualidade e família.

Para compreendermos como o tema velhice é abordado em campanhas publicitárias devemos prestar atenção na grande mídia do país: a televisão. Setenta por cento das verbas em campanhas são inseridas nesse veículo até hoje. No Brasil, a televisão é ainda um dos principais meios de comunicação devida sua abrangência, cerca de 95% da população tem acesso a televisão.

Estudiosos acreditam que a imagem do idoso em muitos casos é passada de maneira incorreta, associada à venda de produtos de outras faixas etárias. Do ponto de vista de consumo a terceira idade é quase desprezada, não sendo vista pelo marketing como um fator econômico. Ou seja, ainda não conferem o devido valor a um segmento tão importante da sociedade e com grande potencial de compra, que são os idosos.
Em outros países foram realizadas diversas pesquisas para compreender melhor esse perfil de cliente, o mercado senior citizen, e foi constatado que trata-se de um mercado com grande potencial. Nesse