Resenha o poder simbólico
O Poder Simbólico
Pierre Bourdieu
TRÊS CONCEITOS IMPORTANTES: PODER SIMBÓLICO, CAMPO E HABITUS.
Antes de entrar na discussão sobre arte tratada no capítulo X, é importante conhecer alguns conceitos desenvolvidos por Bourdieu nos capítulos anteriores. O Poder Simbólico, um tipo de poder que impõe significações (em coisas e pessoas) de maneira legítima. Os símbolos afirmam-se como um meio de integração social, reproduzindo e ratificando a ordem estabelecida. Já o conceito de Campo está relacionado com uma configuração de relações sociamente distribuídas a partir da partilha de diversos tipos de capitais. Em cada campo existem os agentes participantes, que são indivíduos dotados de certas capacidades uteis para o desenvolvimento das funções que eles exercem dentro desse campo.
No interior do Campo as relações são objetivas (existem hierarquias, tradições, instituições), para que um indivíduo (um agente) atue em um determinado Campo ele deve compreender essas relações objetivas (as regras do jogo), e estar disposto a submeter-se ao jogo, jogando para revestir-se de poder simbólico, para conseguir seu espaço neste Campo. É dentro do Campo que o Habitus se desenrola, o habitus é uma força conservadora no interior da ordem social, um tipo de disposição à determinada prática de um grupo ou classe. Pois há no agente social (o jogador), uma interiorização das estruturas objetivas (de um campo) que permite observar disposições em suas respostas e estratégias (subjetivas e objetivas) contra os males da reprodução social.
ARTE COMO UM CAMPO
“ (...) a arte é um artefato cujo fundamento só pode ser achado um artworld, quer dizer, num universo social que lhe confere o estatuto de candidato à apreciação estética “
Como separa a arte se um simples utensílio? Qual a diferença entre um pintor e um artista? Por que um vaso sanitário assinado por Duchamp é considerado uma obra de arte e o vaso de um vendedor qualquer não? Materialmente não existe diferença