O nome da Rosa O filme “O nome da Rosa” retrata a investigação de crimes que aconteciam dentro de um monastério por volta do século XVI. Tais crimes se propagavam em torno de uma biblioteca. Na visão de alguns monges, o acesso à biblioteca deveria ser restrito, pois ali existia um saber ainda estritamente pagão que poderia ameaçar as doutrinas da Igreja. Aqueles que buscavam obter conhecimento através dos livros que eram escondidos na biblioteca morriam envenenados, porque ao folhearem o livro que continha veneno em suas extremidades, passavam seus dedos pela boca. Conclui-se que a Igreja Católica foi uma das instituições que eram contra a democratização do conhecimento. Pois a Igreja queria passar a sua visão de mundo e de homem para todos, e tinha receios de que determinadas pessoas pudessem ler os livros e mudassem suas opiniões, voltando-se contra a Igreja, provocando assim uma perda de poder da mesma. Ao relacionarmos o filme com os dias de hoje, observamos que não mudou muita coisa, apenas os personagens. Naquele tempo, era a Igreja que detinha o poder; hoje, temos o Governo, que a todo tempo, está tentando manipular as pessoas, obrigando as mesmas a obedecerem a suas regras. Sendo assim, aqueles que, como os filósofos, descobrem a corrupção por trás dos políticos e procuram voltar-se contra eles, tentando derrubá-los de seu poder, são postos às margens da sociedade, ou seja, vistos como marginais, por não seguirem suas doutrinas, sendo, muitas vezes mortos. Não há dúvidas de que, ainda nos dias de hoje, apesar de existir a democracia, o Governo ainda se sente no direito de influenciar no agir e no pensar dos cidadãos, afastando dos mesmos, cada dia mais, o conhecimento. Por isso, atualmente mesmo existindo tantas ferramentas que nos possibilitam a busca da informação, do conhecimento, existem tantas formas de tirar o foco da realidade da sociedade, limitando-nos a cada dia mais. E não se tem muito que fazer, pois enquanto existir uma sociedade na