Resenha: O menino do pijama listrado

O filme O menino do pijama listrado, de John Boyne (2008), retrata uma Alemanha em pleno século XX, um período onde a ideologia nazista era a principal aliada da classe dominante, abordando não só o cotidiano de uma família alemã, como também os constantes massacres sofridos pelos judeus, sendo que a trama do filme é voltada para Bruno, um garoto de apenas oito anos, que sai de sua cidade natal acompanhado dos pais e irmã para morar em um local afastado de tudo, e principalmente dos seus amigos. Seu pai era um soldado que fora desempenhado para atuar em um campo de concentração que se encontrava ao lado de sua casa, buscando entender a mudança da família para este lugar, Bruno perguntava ao pai que lhe dizia estar se empenhando para fazer do mundo um lugar melhor para seu filho viver, tinha isto como propósito ideológico que existira naquela época.
No decorrer do filme, Bruno se mostra bastante curioso em tentar descobrir o que há do outro lado da sua casa, que para ele nada mais era além de uma fazenda, em que os fazendeiros andavam de pijamas, e na busca por explorar terras estranhas, diversão e novos amigos, ele acaba chegando até este lugar, onde encontra Shmuel, um menino judeu que tinha a sua idade, e com o passar dos dias acabam se tornando amigos, a visita de Bruno aquele campo torna-se frequente, ele acredita ser aquele pijama e o número descrito, parte de uma brincadeira. A inocência de Bruno leva-o várias vezes ao campo de concentração, não só para brincar, mas também procurava levar comida para seu amigo Shmuel, que se encontrava na maioria das vezes com fome. Ao longo do filme, percebemos toda uma ideologia que rondava a Alemanha, e pensando nesse movimento ideológico, podemos destacar algumas ideias do texto de Nelson DacioTomazi, ele cita em uma das concepções de Raymond Williams o conceito de ideologia como sendo “um sistema de crenças de uma classe ou grupo social (...) incluídos os valores, ideias e projetos de um grupo ou classe