Resenha - o Crú e o Cozido
“A cultura histórica tem o objetivo de manter viva a consciência que a sociedade humana tem do próprio passado, ou melhor, do seu presente, ou melhor, de si mesma”.
Benedetto Croce
O livro “O Cru e o Cozido”, escrito pelo antropólogo, professor e filósofo Claude Lévi Strauss foi publicado em 1964. No livro, o autor analisa os mitos e sua estrutura, tendo como base seus diversos anos de estudos sobre o assunto.
O texto nos diz como os mitos devem ser analisados e estudados, partindo de um mito de referência, que são relacionados com outros mitos de outra sociedade, e mais tarde passando para mitos de sociedades vizinhas, gerando dessa maneira, uma estrutura de mitos onde todos estão interligados.
De acordo com meus conceitos, posso afirmar que considerando que a mitologia é um tema um tanto quanto complexo, o sistema criado na obra de Strauss foi um marco para a antropologia, e principalmente para o estudo dos mitos. Foi aprendido que além dos mitos não possuírem um começo e nem um fim, eles não devem em hipótese alguma ser estudados individualmente, e sim interligados e relacionados. “Para ele [Lévi], um elemento da cultura não pode jamais ser interpretado por si mesmo, mas unicamente enquanto está oposto a um, ou a vários outros elementos” diz Mariza Martins Furquim Werneck*, professora de antropologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
Bibliografia:
WERNECK, Mariza Furquim: “O Cru e o Cozido” – Mitológicas 1
HAAG, Carlos – “Entre o Cru e o Cozido” Disponível em Acesso em 19 de março de 2013.
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*Professora de antropologia (PUC-SP) e sua tese de doutorado trata dos operadores estéticos na obra de Claude Lévi-Strauss.