Esta resenha apenas é uma abordagem superficial e ligeira da obra do antropólogo Roberto DaMatta. Não pretende esgotar os assuntos que discute. Seu objetivo é estabelecer algumas coordenadas gerais, que visem a certa compreensão do livro O que faz o brasil, Brasil. Como objetivo específico da presente análise pode-se estabelecer o seguinte: procurar compreender o significado, a importância e a extensão da obra e situá-la no processo histórico e cultural brasileiro. Quem é Roberto DaMatta? Roberto Augusto da Matta nasceu em Niterói, RJ, em 1936, onde mora até hoje. Graduado e licenciado em História pela Universidade Federal Fluminense (1959 e 1962). Possui curso de especialização em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1960); mestrado (Master in Arts) e doutorado (PhD) em 1969 e 1971 respectivamente pela Universidade Harvard, EUA. Foi professor visitante na Universidade de Cambridge, Inglaterra (1978); na Maison de Science de l’Homme, França (1982); na Universidade de Wiscosin-Madison (1979-80) e na Universidade da Califórnia, EUA (1983). De sua autoria estão publicados Ensaios de Antropologia Estrutural; Um Mundo Dividido: A estrutura social dos índios apinayé; Índios e Castanheiros (coautoria); o Universo do Carnaval; O Universo do Futebol (org.); Carnavais, Malandros e Heróis; e Relativizando: Uma introdução à antropologia social. E como analisar criticamente o ensaio O que faz o brasil, Brasil??! Obra escrita por um dos mais importantes antropólogos brasileiros. Árdua tarefa. Ao explicar seu enigmático título o autor estabelece uma diferença entre um “brasil” com o b minúsculo e o “Brasil” com o B maiúsculo. A primeira uma feitoria ou uma madeira e o segundo uma nação, um povo, um conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social. Uma identidade! Ao ler: “onde quer que haja um brasileiro adulto, existe com ele o Brasil e, no