resenha: A águia e a galinha
O Autor inicia o livro com o subtítulo: “Todo ponto de vista é um ponto”, onde escreve o instigante parágrafo: “Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura”.(p. 9). De uma maneira parecida, essa visão de que as várias leituras do mundo, feitas por diferentes escritores e leitores, depende da ótica de quem escreve ou de quem lê, é tratada no livro “Metodologia do Trabalho Científico” (Severino, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22.ed. ver. E ampl. São Paulo: Cortez, 2002. p. 23-45.). Neste livro, Severino coloca que para entender de forma aprofundada um assunto, é preciso conhecer o autor e o momento histórico no qual ele está inserido. Assim, da mesma maneira que para entender como alguém lê, é preciso entender como essa pessoa pensa, para entender como alguém escreve, é preciso entender quem é o escritor, visto que textos nada mais são do que a leitura de um autor sobre determinado tema. Assim, no próximo parágrafo, vamos conhecer um pouco Leonardo Boff.
Leonardo Boff é formado em Teologia e em Filosofia. Durante vários anos foi professor de Teologia Sistemática no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis. Durante muito tempo esteve à frente do editorial religioso da Editora Vozes. Junto com outros, ajudou a formular a Teologia da Libertação, gerando conflitos com a Igreja Católica e sendo proibido de dar aulas por um longo período. Mais tarde foi professor de Ética e Filosofia da Religião na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É autor de mais de sessenta livros ligados à teologia, à filosofia, à espiritualidade e à ecologia, em sua grande maioria publicados pela Editora Vozes.
A fábula da Águia e da Galinha busca avivar a mais nobre das inquietudes humanas que é a eterna busca pelo seu real ser, e a mais preciosa das dádivas divinas: o livre