Resenha Aguia e a Galinha
O livro da Águia e a Galinha é uma metáfora da condição humana, que inicialmente é apresentada dentro de um contexto histórico, narrada por James Aggrey durante a colonização do país de Gana pelos portugueses e depois pelos ingleses, em um ato de não se deixar por vencer.
Em seguida Boff faz uma releitura dessa história, apresentando-a de uma forma mais abrangente e com detalhes. E mais a frente ainda ele detalha mais um pouco em relação às diversas áreas do conhecimento humano, com conceitos e teorias para nortear o ponto de vista do mundo e apresentar então sua intepretação.
A história em si é sobre uma águia que ao viver entre as galinhas começa a agir como uma, sendo forçada à um padrão, mas que no fundo não perdeu sua condição de águia, sendo só uma questão de tempo e de incentivo para ser o que realmente é.
A galinha é representada como o ser/estar em um estado normal, rotineiro, aceitar o cotidiano da maneira que ele é e assim viver. Já a águia é o símbolo do desejo, do alcançar os objetivos e sonhos e ser mais além do que a sociedade impõe.
O objetivo é mostrar que todos são “galinhas”, mas que não podem se contentar com essa condição, é necessário despertar o espírito de “águia” e deixar que ela obtenha realizações “infinitas”, sem um limite para desejar/sonhar.
Além de conceituar a história em diversos segmentos como antropologia, psicologia, cosmologia, etc., o autor deixa claro que tudo isso pode ser compreendido de maneiras diferentes, de acordo com a experiência de vida de cada um, ou como ele diz “Cada um poderá lê-la e interpretá-la conforme o chão que os seus pés pisam.” para então tirar suas próprias conclusões e reflexões à cerca da realização da vida humana.