Resenha a moda no século xx
Mendes, Valerie. / de La Haye, Amy. 1989-1999 A Moda Globalizada in A Moda no Século XX 2ª ed. - São Paulo: Martins Fontes, 2009
Neste capítulo, o livro A Moda no Século XX mostra como a moda na década de 1990 se diferencia dos exageros vistos nas décadas anteriores. Nota-se uma preocupação com consumo consciente e uma necessidade de se resguardar para o futuro além de referências subculturais e étnicas na criação das peças resultando em uma diversidade harmoniosa de estilos.
A moda que antes era ditada pelos desfiles de alta costura e roupas de luxo passa a sofrer influências econômicas e culturais. O interesse por ecologia, espiritualidade e bem estar é notado pelos estilistas e traduzido em peças de vários estilos como, por exemplo, o hippie e o rastafári utilizados como referência por Dolce & Gabbana e Rifat Ozbek. O grunge, uma fusão entre o hippie e o punk, foi visto por muitos como uma “reação contra a sociedade aquisitiva da década de 80” e também foi muito difundido por Anna Sui e outros grandes nomes da moda.
Houve a interpretação de trajes étnicos orientais que se deu por meio de cortes, tecidos e adaptações de vestimentas tradicionais, como o sari e o shalwar kameez.
Os estilistas foram levados, por questões ecológicas, a utilizar fibras naturais, cortiça e materiais que substituíssem o couro. Conflitos, guerras e destruição também permearam esta década e foram traduzidos em roupas, até mesmo, á prova de balas. Os avanços tecnológicos permitiram a utilização de materiais até então inéditos na confecção de alta moda, como o neoprene. O resultado foi um visual futurista denominado como cyber fashion.
O livro mostra a influência exercida por diversos estilistas internacionais na moda parisiense. As casas de alta costura como Dior e Givenchy tiveram estilistas britânicos dirigindo, com grande sucesso, suas criações. Michael Kkors, Marc Jacobs e outros americanos também ocuparam lugar de destaque em Paris.
No final da década os