Resenha "a menina que roubava livros"

A menina que roubava livros (480 páginas; 10 capítulos) é um consagrado best seller escrito por Markus Zusak que, como filho de uma alemã e um austríaco, baseou-se nas histórias sobre a Segunda Guerra Mundial ouvidas por ele na infância para escrever o livro. A história se passa nos anos de 1939 a 1943, cuja época foi marcada pelo segundo grande conflito que abalou o mundo. Os fatos são narrados pela personificação da morte que se porta como uma narradora bastante observadora e descritiva desde as primeiras páginas, como se nota em “As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa” (pág. 10). O enredo se dá quando Liesel Meminger, uma menina de nove para dez anos que, acompanhado do irmão que morreria e aparecia por muitas vezes nos pesadelos e visões da garota, é colocada para ser criada por uma família alemã por conta das dificuldades financeiras enfrentadas por sua mãe. Logo a menina se adapta ao modo de vida na então Alemanha nazista durante os anos trinta e quarenta. Tal modo de vida é bastante difícil e precário na cidade de Molching, o que leva o autor a mostrar que muitas famílias eram contra o regime totalitarista vigente. O livro apresenta uma outra visão do conflito mundial no fim dos anos 30 e início dos 40, evidenciando que nem toda a população alemã concordavam com os ideais de Adolf Hittler, através de uma redação de simples, porém por muitas vezes repleta de metáforas como se nota em: “As pessoas só observam as cores do dia no começo e no fim, mas, para mim, está claro que o dia se funde através de uma multidão de matizes e entonações, a cada momento que passa” (pág. 10) e também diversos termos em alemão que, ao decorrer das páginas, o leitor se familiariza. O autor faz uso da teoria da “Caverna de Platão”, cuja característica principal reside no ângulo de visão das coisas do mundo dentro da