Resenha, a menina que roubava livros
PERCIVAL, Brian. A Menina Que Roubava Livros. EUA, 2013.
Os olhos da guerra
Como a dor de um vento congelante, assistir ao filme de Brian Percival nos faz sentir a frieza e o medo de uma época a qual estava devastada , e as pessoas temiam que o amanhã talvez não existisse. Lançado em 2013,“ A Menina Que Roubava Livros” de Brian Percival, inspirado no livro de Markus Zusak publicado em 2008, o filme certamente é fiel ao livro, com um doloroso cenário a história se passa na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial, onde o Nazismo infelizmente dominava o país. O filme nos leva a conhecer Liesel Meminger, filha biólogica de uma comunista, deixada para trás por proteção, foi adotada por alemães,Rosa e Hans, ainda jovem e a única maneira foi se acostumar na nova casa e com os novos pais. A dor e a tristeza, se misturam com as travessuras de Lis e seu amigo Rudy, os quais tentam se divertir ao máximo e tentar burlar um pouco sua triste realidade. Assim ao conhecer a casa da primeira dama e sua biblioteca Lis aprende que há um mundo novo só basta abrir a capa, mais ao ser expulsa pelo marido da dona a única solução seria ir as escondidas pegar livros, daí a inspiração para o nome da obra. Sentimos o sofrimento daquelas pessoas a cada cena, nos perguntamos até onde vai a maldade humana, mal conseguimos acreditar em quantas pessoas ficaram órfãs tanto de pais como de sonhos, e nos emocionamos com o empenho da pequena Lis ao querer ler, e a compaixão e amor que ele cria para com Max, um judeu que pediu abrigo na casa dos pais de Lis, o qual vivia no porão e lá escreveu um livreto de treze páginas para dar de presente a pequena. “Agora acho que somos amigos, essa menina e eu. Em seu aniversário, foi ela que deu um presente a mim” De fato, o laço entre os dois se aperfeiçoaram graças a leitura, claramente no trecho do livro escrito para Lis, cada palavra escrita revela o medo e a