Resenha “A Grande Ilusão”, de Norman Angel
Em “A Grande Ilusão”, Ralph Norman Angell Lane, político e escritor britânico traz uma abordagem histórico-social sobre as relações que o desenvolvimento econômico e os avanços tecnológicos proporcionaram no fortalecimento do nacionalismo, desenvolvimento bélico e uma nova corrida militar após, no século XIX, a população mundial idealizar a tão sonhada ‘paz mundial’, visto que houvera quase um século sem conflitos. Nela, Norman especifica claramente sua visão sobre a guerra: “a guerra não é impossível, mas é inútil”. Sob este ponto de vista figurava sua interpretação de que o livre comércio num mundo cada vez mais globalizado e com potências polarizadas levariam as lutas do estado em favor da busca por fontes de riquezas a não terem mais sentido.No entanto, a corrida armamentista que firmou-se arquitetada nos adventos dos avanços tecnológicos trouxeram novos papéis aos cenários de pugna, sendo as grandes empresas responsáveis em desenvolver instrumentos de guerra, se associando intimamente ao estado, visando ampliar seus lucros neste novo mercado tecnológico da morte e fazendo que em contra partida mais nações procurassem meios de se equivaler ou superar seu rival, tornando o poder bélico o novo balanceador da potência do Estado.Este e outros fatores resultam que em apenas 4 anos após lançar “A Grande Ilusão” o mundo inteiro venha a sucumbirNa Grande Guerra(a Primeira Guerra Mundial) e por causa disto Norman foi tachado como idealista. Ainda sim sua obra é de relevância histórica ímpar na elaboração de tratados de paz e auxilia-nos a visionar uma alternativa ao pressuposto que a guerra havia trazido. Uma ideologia partilhada entre muitas mentes que são contra o fantasma da guerra e ao mesmo tempo contra as ideologias nascidas da Origem das Espécies de Charles Darwin para traduzir a relação pareada entre natureza e homem sobre os motivos e pressupostos da batalha. A guerra era vista como um selo de refinamento humano, um