Resenha A Era Do Capital
O livro “A Era do Capital” foi um dos clássicos que marcaram a trajetória do escritor Eric J. Hobsbawm. Formado em História, pela faculdade de Cambridge, o artista conseguiu transmitir ricamente todo o seu conhecimento acadêmico e de vida em suas obras, usando como base o método marxista de luta de classes. Hobsbawm procurou em seus trabalhos caracterizar períodos históricos que marcaram a construção da humanidade de hoje em um todo, comprovando isso ao escrever também “A Era das Revoluções”, “A Era dos Impérios” e a “Era dos Extremos”, que descreveram o período de 1789 até 1991.
A Era do Capital descreve com detalhes o despertar do capitalismo como ideologia hegemônica e a ascensão da classe burguesa perante a sociedade entre os anos de 1848-1875, dos quais redefiniram toda nossa ótica de mundo. A desenvoltura do manuscrito começa a partir de um tema polêmico, conhecido como “A Primavera dos Povos”. O conflito marcou a revolta das massas trabalhadoras diante da situação precária em que se encontravam, reivindicando por melhoras no seu campo de trabalho e nas suas condições de vida. A partir daí, tudo que se referia à economia capitalista seria colocado em primeiro plano, tornando-se o foco daquele mundo que em maior parte seria constituído por “sociedades ocidentalizadas”.
A consolidação do capitalismo teve influência sobre diversos pontos, sendo um destes, a formação de futuras nações patriotas que lutariam por seus direitos e almejariam um lugar supremo diante dos demais Estados, colocando em prova e comparando o seu poder de influência sobre os setores comerciais e industriais e o quanto essas atividades influenciavam nas práticas migratórias, no embasamento das ciências e religiões e também na estruturação e composição social de cada cidade. A obra tem como estrutura um prefácio, introdução, 15 capítulos que possuem diferentes assuntos que estão interligados e a conclusão. O surgimento do