Resenha - a câmara clara
FACULDADE DE ARTES E COMUNICAÇÃO
CURSO DE JORNALISMO
FOTOJORNALISMO II
CASSIANO DEL RÉ
ACADÊMICA: MAYARA FERNANDES
Resenha do livro “A câmara clara”
O livro A câmara clara, de Roland Barthes, possui 141 páginas e é dividido em 48 pequenos capítulos. Dentro dessas páginas, aborda os conceitos de como o autor tenta explicar a essência de determinada fotografia, ou seja, o que a torna única.
Barthes acredita que a fotografia transmite uma sensação única para cada pessoa. Crê também que engloba a química, a física e a óptica da foto, pois “ela é feita desde o primeiro olhar”. Também há o fazer, suportar e olhar, que são classificados em três práticas da fotografia: “Operator, Spectrum e Spectator”. Que são respectivamente quem produz a fotografia, quem é representado e por fim, o observador. Barthes se identifica mais como o observador, o qual não é abstrato, mas sim, muito preciso, ou seja, é definitivamente ele mesmo, com suas histórias, suas lembranças, seus medos, enfim. Por esse motivo, prefere ocultar a imagem que mais lhe atinge, uma fotografia de sua mãe, porque tem consciência de que o afeto que toma conta de seu olhar é apenas seu. Barthes diz também que apenas na fotografia podemos afirmar que algo existiu no passado, e que ela existe graças a elaborações e avanços científicos. Cita também a fotografia unária, que consiste em fotos de reportagens e fotos pornográficas.
O autor ainda fala sobre “studium e punctun”, dois conceitos totalmente opostos elaborados por ele mesmo em sua obra. O studium consiste em fazer uma leitura mais objetiva, algo mais metodológico. É onde há uma mobilização do desejo, um interesse geral, é cultural, sempre codificado e é necessário encontrar as intenções do fotógrafo. O punctun consiste em lhe chama atenção mesmo sem ser o que você buscava na foto, é ligado ao sentimento, algo complicado de compartilhar. É um envolvimento extremo, é um detalhe, um selvagem, não é apenas mais um