Resenha vigiar e punir - antropologia
910 palavras
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A Centralidade de Vigiar e Punir, história da violência nas prisões, é um livro do filósofo francês Michel Foucault publicado originalmente em 1975 e tem como uma obra que alterou o modo de pensar e fazer político social no mundo. Essa obra é dedicada à análise da vigilância e da punição, que se encontra em várias entidades estatais como hospitais, prisões e escolas. No livro é relatado o período histórico que marca a transição entre a utilização dos suplícios como medida efetiva de política criminal e a aplicação de sanções mais brandas, características presente nos sistemas penais do mundo ocidental e relata também as relações entre os modos de exercício do poder, a constituição de saberes e o estabelecimento da verdade a partir do estudo da evolução das penas, tendo como marca inicial a análise do sistema penal correcional. A obra é formada por quatro partes, intituladas “Suplício, Punição, Disciplina e Prisão”. Primeira Parte: Suplício, dividida em dois capítulos (O corpo dos condenados e A ostentação dos suplícios); Segunda Parte: Punição, dividida em dois capítulos (A punição generalizada e A mitigação das penas); Terceira Parte: Disciplina, dividida em três capítulos (Os corpos dóceis, Os recursos para um bom adestramento e O panoptismo); Quarta Parte: Prisão, dividida em três capítulos (Instituições completas e austeras, Ilegalidade e delinquência e O carcerário). Em Vigiar e Punir, é demonstrado por que a Justiça deixou de aplicar torturas mortais e passou a buscar a “correção” dos criminosos, a sua resocialização. O livro traz a compreensão de que o poder não é só uma força exercida verticalmente, de cima para baixo, mas atravessa e constitui cada espaço das relações no interior das sociedades, ou seja, a punição dos criminosos se transforma em grande parte, porque o jeito de exercer o poder também mudou. Nos séculos em que a execução pública é precedida por suplícios, o destino dado aos criminosos era a manifestação física da