Resenha - uma didática para a pedagogia histórico-critica
O livro Uma didática para a pedagogia histórico-crítica de João Luís Gasparin é uma proposta dialética de trabalho/educador/educando que parte da prática, vai à teoria e retorna à prática (método dialético prática-teoria-prática).
A obra é destinada a todos os educadores que realmente desejam oferecer aos educandos uma possibilidade de aprender criticamente o conhecimento científico.
O autor coloca o professor de forma a não trabalhar pelo aluno, mas sim, com o aluno. O autor Gasparin divide a nova didática em alguns passos, e cada um deles tem como objetivo envolver o educando na aprendizagem significativa dos conteúdos. Dessa forma, os conteúdos e os procedimentos didáticos são estudados na interligação que mantêm com a prática social dos alunos.
Para aprendizagem ser significativa deve iniciar-se quando os alunos dizem o que sabem sobre o tema da aula e o que gostariam de saber a mais sobre esse conteúdo. Para ser significativa é necessário uma permutação de conhecimento, não apenas um repasse de “cima para baixo”.
Acontecendo a abertura, os alunos passam a questionar o conhecimento que vão aprender, interessam-se por suas múltiplas dimensões, desejam saber o sentido que tal conhecimento tem para sua vida e para a solução dos problemas sociais. Passam, então, a apropriar-se dos conteúdos e dos processos pedagógicos que respondem aos desafios presentes e vitais daquele momento. Nesta fase, o professor, na expressão de Vigotsky, trabalhará com os alunos, explicando, comunicando conhecimentos, fazendo perguntas, corrigindo e permitindo-lhes dar sua explicação. É dessa forma que eles se defrontam com o objeto sistematizado do conhecimento.
Os alunos terão, depois, o prazer de mostrar o que de fato aprenderam para sua vida. Integrarão o novo conhecimento com o que já possuíam anteriormente, construindo uma nova totalidade concreta, unindo o cotidiano e o científico, elaborando e expressando a nova