Resenha: teoria e teorias" de famílias
TEORIAS E “TEORIAS” DE FAMÍLIAS
A princípio, teorizar sobre família, é o mesmo que lidar com um mundo de complexidades. Especialmente quando o assunto em questão é a família “pensada” e a família “vivida”.
Heloisa szymanski a partir de uma analise mais voltada para a psicologia, destaca no terceiro parágrafo do texto a importância das relações na família, especialmente entre mãe e filho, como sendo primordial para o desenvolvimento emocional da criança; e conseqüentemente para a formação de um adulto “desprovido”, livre de desequilíbrios emocionais. Esse conceito que basicamente aponta para a necessidade de uma família “estruturada”, formada por indivíduos que não apresentem qualquer patologia, supostamente só é, ou seria possível á partir de uma família pensada, composta basicamente por pai mãe e filhos. Embora ela não despreze a importância das relações sociais, ela afirma que esse conceito corresponde ao da Família Nuclear Burguesa. Em qualquer lugar do mundo, ou pelo menos na maior parte dele, seja na Europa, na Ásia, no Oriente ou nas Américas; qual seria o ponto de partida para pensar-mos o sentido de família? E devemos considerar ainda que esse questionamento não se limita apenas a partir do Séc. XVIII, mas devemos nos reportar aos tempos mais antigos. Considerando o senso comum; será que a idéia de família a priori não foi sempre à mesma? Formada por pai, mãe e filhos? È certo que neste caso tratamos literalmente da formação ou, mais precisamente do surgimento de uma família, e não de um modelo que seja pensado ou idealizado como padrão para a sociedade.
Toda instituição pública ou privada possui hierarquia e regras pré-estabelecidas, e com a família não seria diferente, principalmente o modelo de família nuclear burguesa, que tem uma forte influencia da religião. Considerando que nas religiões, principalmente as cristãs, os valores morais são preponderantes, me parece “natural” que á Igreja ao pensar o modelo de família; recorra ao modelo