resenha teoria dissertação Rogeria Campos: familias e redes sociais um estudo sobre praticas e estilos alimentares no meio urbano
FAMÍLIA E REDES SOCIAIS: UM ESTUDO SOBRE PRÁTICAS E ESTILOS ALIMENTARES NO MEIO URBANO
Rogéria Campos de Almeida Dutra Júlia Coelho
Teoria
Conceitos e Autores Chaves
A autora leva em conta momentos relevantes da historia da antropologia no que se refere às praticas alimentares e faz uma analise de como surgiu e evoluíram as antropologias voltadas para a alimentação. Foi a partir do trabalho de William Robertson Smith que a antropologia se ligou as questões alimentares. Estudando primeiramente o lado religioso da questão, como as celebrações e os sacrifícios aos deuses, ainda olhando os hábitos alimentares pelo exotismo ou repulsa pelos olhos ocidentais. Boas foi a exceção deste período tendo estudado os hábitos alimentares completos da sociedade Kwakiutl. Na Europa, principalmente Inglaterra, a pesquisa antropológica começa a ter mais importância devido a Malinowski e Radcliffe-Brown. Para eles a questão alimentar passa de puramente religiosa para buscar uma explicação social. Este ultimo foca seu trabalho nos “costumes cerimoniais” e diz que nesse sentido a comida tem como função social promover a proliferação de sentimentos que contribuem para a socialização dos indivíduos como um membro da sociedade. O valor é mais coletivo que individual. Já na concepção malinowskiana a função instituição (comida) seria a de preencher propósitos ou necessidades vitais, biológicas e psicológicas, ao contrario de Radcliffe-Browne as “necessidades da sociedade”. Audrey Richards (aluna de Malinowski) foca na abordagem da nutrição como força criativa, expressa na maneira como as pessoas comem e sua influencia na vida social. Dessa maneira ela explica como a autoridade paterna esta ligada a possessão e controle do suprimento da comida. Sendo a fome a principal motivação das relações humanas. Olhando pelo mesmo lado que Frazer e R.Smith, um artigo de Meyer e Sonia Fortes da atenção especial aos aspectos do consumo