Resenha tempos modernos

Resenha de Tempos Modernos

Laura Pupio Neves RA00092941 MC-2

Lançado em 1936, Tempos Modernos, do cineasta britânico Charlie Chaplin, retrata O Vagabundo tentando sobreviver em meio a sociedade moderna e industrializada. O filme de cerca de 80 minutos conta a história de um trabalhador de uma fábrica que tem um colapso nervoso por trabalhar em regime semiescravo, é levado a um hospício e, quando retorna ao convívio social, encontra a fábrica que trabalhava fechada. Em um segmento então paralelo da história, uma garota órfã de mãe e que tem duas irmãs pequenas realiza pequenos furtos para sobreviver. O pai, que era desempregado, morre numa manifestação, e então, para não ser levada para adoção, a jovem foge. Erroneamente tomado como líder comunista, O Vagabundo é preso por teoricamente ser responsável pela greve que acontece. O Vagabundo apaixona-se pela jovem, e depois de alguns desencontros, os dois se encontram; ele arruma emprego numa fábrica, porém os empregados em greve, e o Vagabundo é preso mais uma vez, por jogar uma pedra despropositalmente na cabeça de um policial. A jovem, então, consegue emprego como dançarina e consegue emprego para o Vagabundo como garçom no mesmo salão. Os dois perdem o emprego e o filme termina, com os dois seguindo uma estrada, rumo a mais aventuras. O filme evidencia grandes questões sociais e atenta para os perigos do Capitalismo desenfreado sem meias palavras. Logo na primeira cena, os seres humanos chegando para trabalhar nas fábricas são comparados com ovelhas no caminho para o abate, depois, as mulheres são inferiorizadas, ao entrarem pelos fundos da fábrica.

O patrão onipresente representa a pressão do capital sobre os proletariados, que além de no conseguirem acompanhar o ritmo exigido na produção (a cena em que o operário sai correndo junto à esteira para apertar parafusos), não têm nenhum direito, nem mesmo um intervalo para comer. Tempos Modernos é definitivamente uma obra prima da sétima arte e encerra a era