Resenha Tanatologia
Lucélia Elizabeth Paiva trás uma reflexão bem dialética, relacionando duas questões que parecem ser totalmente opostas, mas que ao mesmo tempo uma dá sentido a outra, que é como seria a vida do ser humano ao encontro de sua morte.
Infelizmente, a sociedade reprime das crianças o conhecimento da morte e todo o processo que o envolve, pois acredita-se que mantê-las afastadas disso será mais confortável a elas. Um grande engano, porque para lidar com a morte, é fundamental que a criança tenha discernimento sobre ela, para que seja possível diminuir sentimentos ruins que virão a ser experimentados num futuro.
Ao tratar de morte com crianças, é básico que a linguagem deve ser simples e direta. Além disso, os livros são uma ótima ferramenta para ajudar na compreensão da morte.
No que discerne à compreensão infantil da morte, existem 4 conceitos bem concretos: irreversibilidade, inevitabilidade, não funcionalidade e, por último, causalidade.
A adolescência é uma fase da vida cheia de complicações, onde há uma transição do “mundo” infantil para o adulto, surgindo assim novas possibilidades, novas atividades, novos riscos, podendo levar o adolescente a experienciar a morte, devido a cultura de que ingerir drogas, principalmente as lícitas, como o álcool, é amplamente permitido, e muitas vezes quem não faz seu uso, é taxado como antiquado ou fora do grupo social pertencente.
O adolescente já possui discernimento suficiente para compreender os 4 principais conceitos da morte, além de conversar e compartilhar ideias a respeito disso. Porém, por geralmente não haver um amadurecimento para encarar a “morte”, muitos ainda são inaptos a lidar com isso, devido a fragilidade emocional e a “bipolaridade” que é muito presente nessa fase da vida.
Para a psicologia, há uma divisão clara da fase adulta, onde a primeira vai dos 20 aos 40 anos (adulto jovem), e a outra vai dos 40 aos 60\65 anos (adulto na meia-idade).