Resenha sobre o texto: Um ensaio do passado e do presente: ONGs no campo da saúde e o Serviço Social
O presente texto entra numa discussão preliminar sobre o Terceiro Setor, características e desafios, tanto do passado como do presente, apontando para a ação do assistente social nesse contexto. Trata-se de um tema atual considerando o processo de configuração desse setor no cenário nacional despertando-nos a necessidade de reflexão sobre a atuação profissional das áreas de ciências humanas, sociais e da saúde mental, com destaque ao Serviço Social.
Atualmente ao abordarmos o debate das políticas sociais, é necessário levarmos em consideração o desenvolvimento do voluntariado, da solidariedade e das ONGs na sociedade.
As ONGs não são monolíticas, ou seja, existe uma pluralidade de ações e discursos; e que muitas vezes aparecem entrelaçados na lógica do favor e da cidadania: direitos sociais, mobilização social, atendimento as necessidades sociais, o favor, moralização e humanização. O espaço institucional das ONGs é lugar de contradições e disputas por projetos societários, ou seja, se de um lado existem as pressões das lógicas mercantilista e privatista no trato da questão, de outro existem pressões relacionadas a discursos e ações ligadas a cidadania e aos direitos sociais, projetos profissionais e sujeitos atendidos, que trazem consigo suas reivindicações de acesso ao nível de civilidade mínimo (trabalho, moradia, alimentação, educação), da qual grande parte encontra-se a margem. É essencial lembrar que as ONGs atualmente representam 5% do PIB no brasileiro.
O trabalho do Serviço Social possui na raiz profissional os dilemas da alienação e das determinações sociais que afetam a coletividade dos trabalhadores. O exercício profissional supõe a mediação do mercado de trabalho, por tratar-se de uma atividade assalariada. Não há como negar o que a realidade nos impõe enquanto trabalhadores assalariados.
O ensaio está organizado em duas partes: na