Resenha sobre o filme Um dia de fúria
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O contexto histórico do filme ”Um dia de fúria”, que se passa em 1991, é o fim da guerra fria período, no qual o capitalismo está em uma fase de afirmação e é bastante questionado, com o fim da corrida armamentista muitas pessoas que trabalhavam na indústria bélica perderam seus empregos e além disso os Estados Unidos enfrentam uma recessão impulsionada pela crise do petróleo. A imaginação sociológica (Mills, 1965), que consiste em analisar a realidade histórica para compreender as ações dos indivíduos é fundamental para entender o motivo que levou o personagem Bill Foster a agir de tal modo. Em um primeiro momento, Bill quer voltar para casa a qualquer custo, uma ação racional com relação a um objetivo, o que é um tipo ideal, modelo puro que orienta análises, estabelecido por Weber, de acordo com Aron(1999), ação que provavelmente pode ter sido motivada pela perda de seu emprego, ocasionada pelo fim da guerra fria, já que Bill trabalhava na indústria bélica. No trajeto, sua ação se torna efetiva emocional, à medida em que encontra situações do contexto norte americano sobre as quais não concorda, se descontrolando emocionalmente, como o preço exagerado praticado pelo comerciante coreano, possível causalidade histórica da crise econômica e que representa seus questionamentos ao capitalismo, imigração dos mexicanos, ilustrada pela gangue, corrupção, encontra uma obra sem nenhum propósito e o ritmo urbano muito acelerado(transito e poluição). O principais fatores no entanto, que levam o personagem a se descontrolar e mudar seu comportamento são a crise econômica, ocasionada por uma falha no capitalismo, e o questionamento a esse sistema, o que também ocorre no texto “pensaram na TV Globo e não nos trabalhadores”. Nesse texto, no qual o presidente do sindicato dos metroviários expõe sua insatisfação com a mudança no horário de funcionamento do metrô em dias de jogos às 22h, argumentando que essa alteração e o horário dos jogos só beneficiam a Globo,