Resenha sobre o feudalismo
A partir do século III, o estado romano se mostrou incapaz de impedir os saques promovidos por povos estrangeiros e de garantir a segurança de seus cidadãos. Isso estimulou muitas pessoas a se mudarem para as áreas rurais, menos violentas e menos visadas pelos saqueadores do que as cidades. Nas áreas rurais, a escravidão foi pouco a pouco substituída por outra forma de trabalho, conhecida como colonato. Assim, boa parte dos escravos (que eram poucos nesse momento de decadência do império romano) deu lugar aos colonos. Os colonos eram pessoas livres que não possuíam terra. Para trabalhar na terra, faziam um contrato com os grandes proprietários pelo qual estes garantiam não só trabalho em suas propriedades, mas também proteção militar. Em troca, os colonos tinham que pagar muitos impostos, que variavam de um latifúndio para outro. Muitos desses impostos eram pagos em produtos ou pelo próprio trabalho dos colonos, e não em dinheiro. Os colonos eram obrigados a cultivar as melhores terras de seus senhores e entregar toda a produção a eles. Em troca do trabalho, os grandes proprietários davam pequenos lotes de terra menos fértil onde os colonos plantavam para a sua sobrevivência, ou seja, para alimentar-se e alimentar a sua família. Os senhores feudais sediam as terras menos férteis para os colonos e mesmo assim uma parte da produção das terras menos férteis eram dadas aos senhores do feudo. Com a presença dos povos germânicos no território romano, novas mudanças foram introduzidas nas relações econômicas. Para premiar seus guerreiros, muitos chefes germânicos doavam terras a eles, essas doações passaram a se chamar feudo. Os antigos latifundiários romanos desapareceram. Em seu lugar surgiu e se consolidou pouco a pouco, ao longo de séculos, a propriedade feudal. A concessão do feudo estabelecia relações de dependência pessoal entre aquele que doava a terra, chamado de suserano, e aquele que