Resenha sobre o artigo O Impacto do Fim da Correção Monetária no Retorno sobre o Patrimônio Líquido dos Bancos no Brasil
O Returno on Equity (ROE), ou retorno sobre o Patrimônio Líquido, é caracterizado como sendo uma das principais medidas de rentabilidade, sendo um prêmio pago pelo uso do capital investido.
O Banco Central do Brasil exige um limite de imobilização, sendo assim, o lucro líquido dos bancos tende a ser menor que o lucro legal, ou seja, o resultado líquido do exercício deve ser menor que o apurado de acordo com as regras legais, desconsiderando os efeitos da inflação. Isso ocorre pois os bancos têm ativos monetários maiores que passivos monetários, que geram ganhos inflacionários. Girando em torno desse assunto, foi discorrido sobre o artigo de Fabiano Gabriel, se “o ROE legal dos bancos no Brasil é significativamente maior que o indicador ajustado pelos efeitos da inflação”.
Para conseguirmos ter uma base de entendimento sobre o funcionamento do ROE, iremos seguir uma sequência de etapas para chegar ao conceito esperado.
O ROI, Return on Investment, ou Retorno de Investimento, é uma medida que, analisa a razão entre o resultado operacional da empresa pelo montante investido, buscando avaliar a atratividade do empreendimento. Da forma que o lucro operacional compreende o resultado operacional após o imposto de renda sem o efeito das despesas financeiras.
O ROA, Return on assets, ou Retorno sobre Ativo, diferente do ROI, é calculado sobre a razão entre o lucro operacional e o ativo, o qual representa todos os bens e direitos da empresa, oriundos de passivos onerosos, funcionamento e próprios.
Assim, utilizando a diferença entre o ROI e Ki - ou custo da dívida ( razão entre despesas financeiras e passivo oneroso), temos o Spread gerado pela operação.
Seguindo assim, existem outras possibilidades de se chegar ao ROE. A primeira é a razão entre o Lucro Líquido e o Patrimônio Líquido, e a outra segue uma análise mais