resenha sobre a leitura de Marcel Proust
Arthur de Andrade Silva.
PROUST, Marcel. Sobre a leitura, Campinas. 3ª edição. Campinas: Pontes, 2001.
Proust começa narrando episódios de sua infância em que ele se retrai em suas leituras. Ele alcançava tanta realização no ato de ler que algumas vezes se tornava obsessivamente recluso e encarava algumas atividades cotidianas cruciais como estorvos: almoçar e em alguns casos até mesmo dormir (ele deixa claro que era apenas quando estava perto do final do livro). Proust ao narrar o passado não o faz por acaso, ao descrever o passado ele mostra uma das melhores e mais fantásticas sensações que uma leitura pode nos oferecer, Que ele deixa explícito no fim do livro, uma viagem por épocas em que não vivemos. Nesses relatos do Passado o leitor acaba sendo transportado por épocas passadas através das palavras usadas nessas épocas e a descrição dos lugares (paisagens), costumes e cultura, a intenção de Proust é fazer com que o leitor interaja com a leitura reinventando o Passado como em um sonho. Marcel Proust por muitas vezes critica a postura de idolatria absoluta de leitores com relação aos sábios do passado, dizendo que a sabedoria de um autor terminar onde começa a de um leitor. Ele enuncia que autores do Passado imprimem a sua visão pessoal, ou seja, cada autor tem a sua própria verdade e sua própria maneira de reinventar até mesmo escritos de autores considerados clássicos. Criticou fortemente os intelectuais da academia, por eles usarem autores eruditos como meras fontes de informação e vaidade intelectual. Proust enxerga na leitura uma maneira de autoconhecimento e aprofundamento espiritual; Uma maneira do leitor chegar a uma plenitude na consciência de si. Ele ainda enuncia que o Pensamento de Ruskin sobre leitura pode ser resumido segundo PROUST (1905, p.26 apud Descartes) a leitura é uma conversação com as pessoas mais honestas do passado. Ele critica a postura de Ruskin Relacionada a colocar autores de