resenha sobre a angustia da influencia/ Harold Bloom
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – DCH IV
COLEGIADO DE LETRAS LÍNGUA INGLESA
JULIANA BARBOSA DA COSTA
Bloom, Harold. A angústia da influência. Prefácio: A angústia da contaminação. Tradução de Marcos Santarrita,- 2. Ed. Rio de Janeiro: Imago Ed., 2002, p. 12 a 49.
No prefácio do livro, A Angústia da Influência, denominado A Angústia da Contaminação, Harold Bloom, discorre a respeito de influência literária, como o próprio título sugere, em diferentes épocas e lugares. Bloom em acréscimo disserta a respeito das variadas formas de encarar a influência, que no ponto de vista dele, é praticamente inevitável para qualquer autor. Harold Bloom considera que Shakespeare foi o autor que mais influenciou a literatura desde seu surgimento: “Nossa verdadeira relação com Shakespeare é que vão teoriza-lo ou politizá-lo, porque somos monumentalmente superinfluenciados por ele. Nenhum escritor forte desde Shakespeare pode evitar sua influência (...)” p. 19. Além de influenciar à literatura, Shakespeare, de acordo com Bloom, exerceu influência também, na vida humana: “Shakespeare nos inventou e continua a conter-nos em si. (...) Shakespeare influenciou o mundo muito mais do que o mundo inicialmente o influenciou.” p. 17.
De acordo com Bloom, alguns autores não admitem ter sofrido influência de Shakespeare, sobre eles Bloom declara que:
“Os ressentidos da literatura canônica são nada mais nada menos que negadores de Shakespeare. Não são revolucionários sociais e nem mesmo rebeldes culturais. São sofredores das angústias e influências de Shakespeare.” p.19. Por outro lado, alguns autores deixam transparecer nas suas obras marcas de obras anteriores, fazendo por meio das suas obras uma crítica à obra antecessora, ou até mesmo dando um novo sentido as mesmas. Outros autores, ao exemplo de Borges, ao invés de negar os seus antecessores e influências, retoma coisas que já foram escritas e consagradas, e às reecreve sobre uma nova