A Angústia da Influência: uma teoria da poesia
Resenha Crítica
Essa resenha irá discorrer sobre o prefácio intitulado “A Angústia da Contaminação” que abre o livro A Angústia da Influência, onde Bloom fala do grande “cânone mundial”(2002, p. 16) que é William Shakespeare e sua enorme influência em grandes autores, além de trazer a tona o seu influente precedente Christopher Marlowe que foi importante para a construção de suas obras. A influência é um dos pontos principais no texto, onde o autor expandi sua ideia sobre o assunto.
O prefácio é aberto com a análise em um soneto de Shakespeare e traz uma definição usada por ele, como “inspiração” em suas peças; e mostra sua trajetória rumo ao palco. Além de não só mostrar a influência de Shakespeare para o mundo, mas também o importante papel do Marlowe em relação a ele, Bloom ressalta a má interpretação que é feita em relação a Angústia da Influência, afirmando que na verdade, a angustia resulta de uma má leitura, uma interpretação criativa que ele chama de “apropriação poética”. A influência resulta desse processo de leitura errônea, os poemas fortes trazem marcas desse passado “ as origens sãos de singular importância para os escritores fortes” (2002, p. 35). Bloom afirma: “O morto pode ou não retornar, mas suas voz ganha vida, paradoxalmente nunca pela mera imitação, e sim na agônica apropriação cometida contra poderosos precursores apenas pelos seus sucessor mais talentosos.” (2002, p. 24).
O autor faz uma espécie de analise teatral para nos situar em relação a obra de Shakespeare, todos os papeis escritos por ele são ensaios para nossa vida (2002, p. 28). Pensou tudo por todo nós, e para nós. Se tornou natureza. “...nossa natureza humana, tão intensificada por Shakespeare que se torna invenção dele.” (2002, p. 28)
E em relação a imagem de Marlowe para Shakespeare, o autor fala de poder sobre a plateia, ideia religiosa, e cita que com Marlowe