Resenha sobre Ilha das Flores

RESENHA

ILHA das Flores. Direção: Jorge Furtado. Produção de Nora Goulart. Porto Alegre: Casa de Cinema de Porto Alegre, 1989. Duração: 13 min e 07 seg. Kodak do Brasil, Curt-Alex Laboratórios Álamo Estúdio de Som

Resenhado por: Jennyfer de Souza Martins

O diretor, roteirista e produtor Jorge Furtado, nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, local em que começou sua carreira como diretor. Inicialmente na televisão na década de 80, ele ingressa na TV educativa e em 84 e lança Temporal seu primeiro trabalho. Foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre e em 1989 com outro curta chamado Ilha das Flores. (HISTÓRIA DO CINEMA BRASILEIRO,2014)
O documentário “Ilha das flores” é uma produção de Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil, Nôra Gulart, com roteiro de Jorge Furtado, produzido em 1989, retrata que a partir de um simples tomate podemos observar um grande problema social.
O curta retrata uma das 16 ilhas que formam o baixo Arquipélago em Porto Alegre é cercada por água e lixo e seus moradores retiram seu sustento através de resíduos contaminados que foram jogados no local, que muitas vezes são sobras dos alimentos dos porcos. O autor faz uma crítica às desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista e a ausência de políticas públicas para solucionar a miséria de parte da população brasileira.
O documentário deixa explicita a ideia de consumismo, lucro e ao seu bem estar, apenas importando-se com interesses pessoais sem se preocupar com o próximo. Frequentemente, por falta de renda, as pessoas são submetidas a viver em condições sub-humanas, ferindo seu direito natural.
Ao fim do documentário, o narrador refere-se à liberdade, que todos nós somos livres, porém em um mundo capitalista, do que adianta ser livre e não ter verba, a fonte principal que move o mundo. Podemos analisar essa situação na perspectiva de Marx sobre a luta de classes algo que é decorrente do mundo capitalista, pois sempre quem se prevalece e tem poder maior diante