Resenha sobre Consumismo em Marketing

A linha tênue entre o consumo e o consumismo

Yasmin Rabello

Consumo é a compra de um produto ou serviço. Pode ser visto como algo natural, uma vez que todos humanos dentro de uma civilização utilizam de recursos e tem necessidades que são parcialmente supridas por produtos e serviços comercializados.

Já o consumismo ou hiperconsumo, é o excesso do consumo, sem necessidade. Esta muito ligado ao desejo descomedido e sem controles. “Uma espécie de loucura contemporânea que gera o desgaste de matérias primas esgotáveis e sistemas naturais do planeta Terra” (COLOMBO 2011, pg.14). Muitos entendem esse ato como sinal de riqueza e de estar “por dentro” das tendências do mercado. Outros acabam “hiperconsumindo” afim de gerar uma falsa sensação de bem estar interior e felicidade.

A compulsão por compras surgiu após a Revolução Industrial, quando processos de produção foram acelerados. Esse avanço fez com que as pessoas se obstruíssem quanto os meios de produção. A alienação se torna então uma das principais dimensões do consumismo, onde pessoas acabam consumindo desconsiderando o valor de compra e de uso.

Pode se dizer que antes da Revolução, bens eram comprados de acordo com sua utilidade e necessidade. Depois passam a ser consumidos, pois são produzidos com o dever de venda e lucro.

A tese de Doutorado em Comunicação e Semiótica (BOFF, 2009), fala sobre a importância e a influência das mídias digitais e propagandas no consumo, e como essas geram uma produção e demanda excessiva de produtos. O hiperconsumo está linearmente atrelado à essa midiatização, visto que os meios de comunicação de massa, controlados por empresas capitalistas, criam uma falsa realidade de necessidade exorbitante de mercadorias.

Como o consumo era um privilégio das classes mais favorecidas, discute-se também a relação de possibilidade de compra ao poder. Com as propagandas e desenvolvimento econômico a distância social foi diminuindo, posto que tanto pessoas menos