Resenha Ruy Canário
Carmerina de Brito Gonçalves Almeida¹
O português Rui - Canário, é doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Lisboa e professor, desde 1991, dessa universidade. Como pesquisador, atua, sobretudo nas áreas de formação de professores e de sociologia da escola. É autor de "Escola e Exclusão Social" (Educa, 2001), entre outros. No Brasil, publicou artigos em revistas especializadas.
Em A Escola Tem Futuro o professor apresenta-nos uma ampla reflexão sobre o futuro da escola, a partir de uma crítica do modelo de escola existente, propondo resignificar à escola transformando problemas em soluções, desafio que implica concepções e práticas educativas que valorizem uma função crítica e emancipatória que permita compreender o passado, problematizar o futuro e intervir de modo transformador e lúcido no presente.
A partir desta proposta o artigo é organizado em três subtítulos, ao longo dos quais, Rui Canário, propõe uma leitura interpretativa, buscando compreender os problemas que tornam a escola obsoleta, carente de sentido para os que nela trabalham, professores e alunos, procurando enunciar algumas pistas para a sua possível superação.
O primeiro tema discorre sobre o educador no olho do furacão, o autor faz uma retrospectiva da educação do último século, a escola que temos no início do século XXI corresponde, na sua essência, ao modelo de escola que estabilizou na transição do século XIX para o século XX. A configuração histórica da educação é baseada em uma concepção fundamentada na revelação, na transmissão, na comulatividade de informações e na exterioridade, menosprezando a pessoa e a experiência do aprendente. Modelo que não contempla as expectativas e anseios dos jovens e dos professores de hoje. Neste o professor, tenta demonstrar que a construção da escola do futuro, deverá orientar-se por três finalidades.
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