Resenha Revolução dos Bichos

Diante mão, o escritor George Orwell na sua fábula um tanto satírica, faz uma metáfora dos descaminhos da Revolução Russa criticando o totalitarismo soviético e o regime stalinista. A obra, basicamente define o dia a dia da sociedade onde as desigualdades sociais, manipulação da informação e a concentração de poder e riquezas nas mãos de uma minoria atingiu o seu ápice. As reflexões do porco Napoleão (representando Karl Marx) são o ponto de partida da ideia central do livro: O animalismo. A submissão dos animais da Granja Solar aos humanos desencadeia uma rebelião com o fim de instituir um sistema igualitário e cooperativo sob o slogan “Quatro pernas bom, duas pernas ruim.”

“Não está, pois, claro como água, camaradas, que todos os males da nossa existência têm origem na tirania dos humanos? Basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja só nosso. Praticamente, da noite para o dia, poderíamos nos tornar ricos e livres. Que fazer, então? Trabalhar dia e noite de corpo e alma para a derrubada do gênero humano. Esta é a mensagem que eu vos trago, camaradas: rebelião!” (ORWELL, 2007, p.13/14)

Seguindo a linha de raciocínio do discurso do porco major, pode-se dizer que uma rebelião naquele estado, era um tanto justa. O homem é a criatura que mais consome sem ao menos produzir e mesmo assim é o senhor de todos os animais se preocupando somente com seus próprios interesses. A exploração que sofrem os bichos é basicamente uma analogia da exploração que o proletariado sofre da elite. O desejo exacerbado, de viver numa granja administrada e governada pelos animais sem nenhuma influência humana, logo tomou conta dos demais, que se juntaram ao porco major em prol da libertação. Para uma “revolta organizada” foram instauradas algumas regras que giravam em torno do ideal que, todos os animais são iguais e na batalha contra os humanos, os animais, de jeito nenhum, poderiam agir iguais aos mesmos. Após o