Resenha: reflexos geográficos e raciais
Título do texto: Reflexos Geográficos e Raciais, Cap. 6 do livro Sociedade e ética do trabalho no Brasil Coleção Polêmica.
Autor: Paulo Sérgio do Carmo. O texto em questão é dividido em 8 (oito) tópicos que mostram em linhas gerais a concepção criada pelo europeu e adotada pelos brasileiros “brancos” sobre a superioridade de sua raça em relação às outras, especificamente às mestiças. Fazendo uma relação entre o clima e as raças que habitam determinada região, em especial, o Brasil. No entanto as teorias antirraciais passam a ser difundidas no país, contudo, as ideias racistas continuam implícitas até hoje.
Estudiosos como Georges V. Lapouge, Joseph Arthur de Goubineau e Louis Agassiz criticavam a miscigenação de raças e a tinha como inferior à raça ariana, daí tem-se uma ambiguidade, pois, de um lado havia liberais europeus propondo direitos igualitários a todos e do outro, os pensadores europeus que propunham, com suas teorias, que a desigualdade étnica seria verdade científica, embora tenha perdido a força entre os séculos XIX e XX, as mesmas voltaram com as ideais nazistas. “Dê-me o clima e o solo e lhe direi de que nação se fala” 1. um dos mais famosos adeptos do determinismo geográfico, Henry Thomas Buckle , sustentava essa tese, baseado apenas em relatórios de viagens. Buckle foi além, segundo seus estudos as epidemias de um povo, sobretudo no Brasil. também eram determinadas pelo clima. Conforme Silvio Romero, intelectual brasileiro, influenciado pelas ideias do determinismo climático europeu, acreditava que a miscigenação (entre índios, negros e portugueses) era uma sub-raça que contribuiu significativamente para a criação de uma nação débil em qualidade e originalidade. A teoria em questão tinha como referência padrão o clima europeu, tido como ideal. Sendo assim, as conquistas dos europeus sobre os povos dos continentes: Americanos e Africano podiam ser explicados e aceitos com veracidade, pois, a fraqueza desses era