Resenha Redes De Indignacao E Esperanca
Em sua obra, Redes de indignação e esperança, Manuel Castells discorre sobre o a formação e a importância dos movimentos sociais e a forma como a internet e as redes sociais, como meio de comunicação, contribuem para a existência, organização e prolongamento de vida destes movimentos.
De acordo com o autor, a existência da internet e das redes não está nas raízes destes movimentos. Os movimentos são causados pela contradição e pelos conflitos de sociedades específicas, sendo a internet apenas uma forma de intensificação de comunicação. Esta não deixa de ser muito importante pois desafia a dominação do status quo, conectando seus membros e construindo companheirismo e dando força a projetos alternativos, por meio de redes de comunicação interativas. Os movimentos sociais, uma das maiores alavancas da mudança social, teriam origem em crises que ameaçam as condições de vida vigentes. Levam uma população que está vivendo de forma insustentável, descrente nas instituições políticas e que não se sente mais representada por seus governantes, a defender suas demandas por si própria.
Para Castells, é importante citar que as mudanças sociais são sempre motivadas por emoções básicas. O autor descreve-as com base nos neuropsicólogos: medo, aversão, surpresa, tristeza, felicidade e raiva. Ou seja, a inteligência afetiva do indivíduo interfere na comunicação política do mesmo. Entre essas emoções básicas, o gatilho para uma mudança social estaria na raiva, a arma repressora no medo, e o entusiasmo na força de mobilização desses indivíduos. O entusiasmo e a mobilização provenientes cresceriam no solo fértil das redes, por lá estarem protegidos, superando assim o medo e transformando-se num ator coletivo consciente. A comunicação sempre foi uma grande aliada das mudanças sociais, em cada época e a sua maneira. Porém, a transformação tecnológica alterou a forma organizacional, de cartas e