Resenha Recife Frio
Curso: Administração 2013.1
Profª: Wilma Gonçalves
Aluna: Maria Carolina de Barros Granja
RECIFE FRIO
MENDONÇA FILHO, Kleber. Recife frio (filme). Produção Cinemascópio Filmes e Co-produção de Emilie Lesclaux; Direção, Roteiro e Fotografia de Kleber Mendonça Filho; Montagem de Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho; 24 min; 35mm ; Brasil - PE: 2009, Colorido. Disponível em: . Acesso em 25 mai. 2013.
Produzido e dirigido pelo pernambucano Kleber Mendonça Filho, o curta-metragem Recife Frio é uma ficção científica que mistura gêneros, o colocando como um dos filmes mais especiais que circulou por festivais. E começa em cima de um estranho argumento: Recife, uma das cidades mais quentes do Brasil, está fria. O que se vê é uma simples transformação ampliada do que pensa Kleber Mendonça sobre o assunto cinema. É filme de edição, de enorme capacidade na captação, de “humor fingido” e, principalmente, de denúncia feita com tapas de luvas. Para ironizar ainda mais, o falso documentário é narrado por um argentino sobre o grande acontecimento no Recife, citando que esta cidade cheira a maré, frutas e “urina”, justamente onde aparece à imagem de Olinda. E é porque em nenhum momento do filme foi citado sobre o maior evento cultural do mundo. Mas que na verdade, não seria preciso, pois para quem assiste ao filme, fica claro que nesta colocação ele estaria falando sobre o Carnaval. E o que seria “caldo escuro que um dia já foi rio”, narrado logo após? A posição que é feita se torna concreta ao pensar que o narrador tem total e absoluta certeza do que está falando. Mas claro esse documentário não precisa ser conotativo para ser verdadeiro. Ou realmente não é um caldo escuro que um dia já foi um rio? Daí, observando no canto da tela, aparece à frase “Daqui a alguns anos...” e o que já entende a pretensão do curta. Em seguida surge uma câmera com estilo noticioso filmando cientistas tentando analisar algo do objeto