Setting
O setting é a junção dos procedimentos que organizam e possibilitam o processo analítico, são regras, atitudes e combinações que se decide no contrato analítico, e também durante. Decide-se, por exemplo, horários, honorários, pagamentos, férias, faltas.
Mas, isso não quer dizer que o setting é uma situação passiva e formal.
Bleger (1979) faz uma distinção de setting e situação analítica. O setting são detalhes da técnica, a junção delas, a situação analítica é a junção de todos os fenômenos que processam a relação analista – analisando.
É necessário que o analista empreste por um tempo as funções do seu ego, que o paciente ainda não desenvolveu, como a capacidade de pensar, sintetizar, ajuizar, juntamente com a atitude de acolhimento, empatia e respeito.
O setting deve ser preservado, alguma de suas funções é levar o paciente a realidade exterior com as suas frustrações e privações; definir princípio de realidade e prazer; prover a delimitação entre o “eu” e “os outros”, e a partir daí a capacidade de diferenciação, separação e individuação; definir a noção dos limites e das limitações; desfazer as fantasias do paciente de uma ilusória simetria e similaridade; e por último, reconhecer que para desenvolver a capacidade de simbolizar e pensar é sofrendo as frustrações que o setting proporciona.
No setting é um espaço onde o paciente vivência as experiências emocionais mais conflituosas com o seu analista.
A experiência das frustrações é inevitável e também necessária para uma estruturação sadia de psiquismo, mas elas não devem ser excessivas ou incoerentes.
Quando elas são incoerentes ela provoca um estado confusional delitério para a análise e o paciente pode estar igualando o analista as figuras parentais.
Quando o paciente faz o pedido de alguma mudança nas combinações do setting, o analista deve procurar entende-lo e que a melhor forma de gratificar o paciente é analisando-o suficientemente bem.
A inclusão de parâmetros