Resenha Radio Radical
Por: Bárbara Passaretti Pereira - 1ºano RTV diurno - Prof. D’ugo
Começando pela etimologia da palavra rádio, que é o tema central do manifesto, temos que a palavra provém do latim radiare, que significa irradiar, em português. A partir desse conceito, é possível identificar no texto uma cronologia das sociedades e suas relações com o rádio. Partindo da sociedade teocêntrica, que tinha como o rádio a suposta voz de Deus, que não irradiava de nenhum aparelho, mas estava presente como conceito. Passando pela sociedade antropocêntrica, que já possuía o rádio como aparelho concreto e não conceitual. Que por sua vez entendia o rádio como um objeto para irradiar o poder do homem sobre o próprio homem, mantendo nessa ação um caráter político militar. Já com a ascensão do iluminismo o rádio finalmente assume o papel que exerce (ou deveria exercer) até hoje, o de entreter e de informar. A partir do trecho extraído do manifesto “ ’Audiência’ vem do verbo latino oudire, ouvir. A mesma raiz fornece a palavra ‘obedecer’ (oboudire), que significa ouvir de baixo. Ouvir é obedecer. Essa é a primeira coisa a ser lembrada ao se falar de rádio” é possível perceber que o rádio representa manipulação, desde de que o mesmo assume o conceito de irradiar som e assim, ser ouvido. Apresentados os pontos introdutórios do texto, observa-se que Schafer atribui um rádio diferente a cada sociedade que emerge, isso sugere que o rádio acompanha as crenças e ritmos de vida da maioria da população, ou seja, que ele tanto molda a sociedade como é moldado por ela, e é apoiado nesses argumentos que o autor firma sua tese. Vivemos em uma sociedade capitalista em que “[...]a sociedade [é] organizada para satisfazer a um máximo de produção e consumo”. E assim entendemos que o rádio segue a mesma dinâmica. Posto isso, o que vem a seguir é que se diminuirmos o ritmo da sociedade, o ritmo do radio também irá