Resenha Pão e Rosas
Pão e Rosas, dirigido por Ken Loach, retrata a vida de imigrantes, principalmente latinos, vivendo ilegalmente em Los Angeles, nos Estados Unidos. O longa mostra a dura realidade desde do momento da migração clandestina, até a busca por mínimas condições de sobreviver, se alimentar e sustentar a família. É um ato desesperado, no qual as pessoas se submetem a situações desumanas, pois esbarra na burocracia do país e nas rígidas leis, que impedem aqueles que querem participar individualmente da economia dos países desenvolvidos.
O filme narra a jornada de Maya, que se muda ao Estados Unidas para se juntar a sua irmã, Rosa, também clandestina. Rosa consegue empregar Maya na mesma empresa que trabalha: como faxineira, no turno da noite, em um edifício de escritórios, junto com outros imigrantes ilegais por salários vergonhosos. Como não são regularizados no país, os imigrantes não têm nenhuma proteção trabalhista, não têm assistência médica e ainda precisam aguentar patrões abusivos.
A partir do momento que Maya percebe a situação a qual está submetida, ela se junta a Sam, um ativista sindical americano – corajoso e ousada, que lidera uma campanha guerrilheira contra corporações e procura fazer com que os trabalhadores se unam. Eles começam uma verdadeira batalha, primeiro para, tentar, convencer, os demais trabalhadores a criar coragem para lutar por seus direitos, os quais tinham medo de perder seus empregos, muitas das vezes a única fonte de renda que tinham, como Rosa, que foi julgada pela irmã por estar, supostamente, se vendendo ao jogo dos patrões, mas que na verdade tinha medo de acabar na miséria e sem ter como ajudar a família. Também eram ameaçados por Perez, um supervisor tirano e cruel, que de maneira inescrupulosa não pensava duas vezes para humilhar seus subordinados, coagindo, ameaçando e abusando, até de maneira libidinosa, para conseguir seus objetivos.
De uma forma muito inteligente e criativa, o filme mostra