Resenha - Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife aos 19 de Setembro de 1921, foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É patrono da Educação Brasileira e considerado um dos pensadores mais notáveis da história da pedagogia mundial. Nesta obra o autor fala da importância do sistema educacional no processo de mudança da sociedade. Ele começa falando da responsabilidade do profissional da educação diante da sociedade, que desenvolve suas atividades e compromissos para colaborar com um processo de transformação.
Através de diversos textos, a obra se posiciona em face da educação e das relações entre a educação, enquanto processo permanente na vida das cidades, que se constituem, através de suas múltiplas atividades.
O autor salienta que aprender e ensinar implica um no outro sem que jamais um prescinda normalmente do outro e que vieram na história tornando-se conotações ontológicas, ou seja, aprender e ensinar faz parte da existência humana, histórica e social, como dela fazem parte a criação, a invenção, a linguagem, o amor, o ódio, o espanto, o medo, o desejo, a atração pelo risco, a fé, a dúvida, a curiosidade, a arte, a magia, a ciência, a tecnologia.
É importante dizer que Paulo Freire parte de constatações óbvias ao escrever esta obra, que são: a) As diferenças interculturais existem e apresentam cortes: de classe, de raça, de gênero e, como alongamento destes, de nações.
b) Essas diferenças geram ideologias, de um lado, discriminatórias, de outro, de resistência. Não é a cultura discriminada que gera a ideologia discriminatória, mas a cultura hegemônica a que o faz. A cultura discriminada gesta a ideologia de resistência que, em função de sua experiência de luta, ora explica formas de comportamento mais ou menos pacíficos, ora rebeldes, mais ou menos indiscriminatoriamente violentos, ora criticamente voltados à recriação do mundo.
Outro ponto