Resenha paulo freire e a educação no mundo
Marta Maria Pernambuco*
Antonio Fernando Gouvea da
Silva**
Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, por exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem-estar das populações, os lixões e os riscos que oferecem à saúde das gentes. Por que não há lixões no coração dos bairros ricos e mesmo puramente remediados dos centros urbanos? (FREIRE, 1996, p. 30)
Por que Paulo Freire, em uma discussão sobre educação ambiental?
A literatura mais recente, que procura sintetizar as discussões sobre
Educação Ambiental, como faz Isabel Carvalho (1994), a caracteriza como: [...] uma ação educativa que deveria estar presente, de forma transversal e interdisciplinar; articulando o conjunto de saberes, formação de atitudes e sensibilidades ambientais.
[...] importante mediadora entre a esfera educacional e o campo ambiental, dialogando com os novos problemas gerados pela crise ecológica e produzindo reflexões, concepções, métodos e experiências que visam construir novas bases de conhecimento e valores ecológicos nesta e nas futuras gerações.
-------------------------------------------------
* Física, doutora em Educação, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
** Biólogo, doutor em Educação, professor da Universidade Federal de São Carlos.
[...] medição importante na construção social de uma prática político-pedagógica portadora de nova sensibilidade e postura ética, sintonizada com o projeto de uma cidadania ampliada pela dimensão ambiental (CARVALHO,
2004, pp. 24, 26 e 27).
Portanto, se propõe a ser uma educação interdisciplinar, transversal, de saberes, atitudes, sensibilidades, dialogando com novos problemas e produzindo reflexões, concepções, métodos e experiências, construindo novas bases para conhecimentos e valores, portadora de uma nova sensibilidade e uma