Resenha Os donos do poder
Raymundo Faoro em seu trabalho “Os donos do poder” reflete sobre a nação brasileira. Ele reflete e argumenta sobre a formação do estado em Portugal, ele descreve as revoluções no território, suas causas e consequências, e depois passa pela economia portuguesa e sua participação no mercado.
Faoro define as características do regime econômico português como patrimonial, distante da estrutura feudal. No regime feudal a nobreza tem o comando militar e fiscal dos feudos, mas em Portugal a nobreza não contava com isso, ela era funcionária do rei. O rei não criou feudos, mas regiões controladas por um conselho, que estava de acordo com os desejos da monarquia, isso para manter a ordem.
O rei dominava o clero e a nobreza, e os conselhos tinha objetivo de defesa contra inimigos. O conselho era obediente à monarquia. Mas, mais tarde começa a evolução econômica e uma necessidade de um maior controle do rei.
No capitalismo não há a intervenção monárquica, logo aos poucos Portugal deixa o absolutismo, e cresce o domínio da nação. O conceito muito citado em sua obra é o “patrimonialismo estamental”, que é quando o estado deixa o absolutismo vivido pelo rei. A burguesia passa a dominar postos de maior alcance em intervenções políticas e econômicas e a nobreza perde alguns privilégios.
Percebemos a mudança do estado português no decorrer da história, e a nova composição da nação que se cria, com novos grupos de interessa, pronta para comandar empresas. Nesse momento temos a atividade econômica focada no comércio internacional.
“Os donos do Poder” interpreta o desenvolvimento do estado brasileiro a partir das origens portuguesas. A partir da monarquia agrária, da formação da língua portuguesa, do não experimento do Feudalismo, da Dinastia de Avis, de quando o Rei dominava o Clero e a Nobreza com conselhos no território, e sua evolução para traços do capitalismo.