Resenha observando o familiar
Ana Luiza de Oliveira Chaves- RA: 5129928
O princípio utilizado para um estudo na ciência é a neutralidade, uma distância que garante a objetividade do trabalho, que é caracterizado por avaliações quantitativas. Porém, nem todos partem desse princípio. Já está clara a ideia de que um envolvimento com o objeto de estudo não é algo ruim.
A Antropologia se ajustou ao método de estudo chamado qualitativo, no qual há um envolvimento com o objeto de estudo. Há uma persistência na ideia de que para estudar certo lugar ou certa sociedade é necessário vivenciar tudo aquilo que ali é vivenciado. Porém inserir-se no lugar de outro não é uma tarefa fácil, por isso é necessário quebrar o que você é para compreender melhor o outro. É necessário conhecer bem o próprio interior a fim de que não sejamos influência na análise do próximo.
Existe também a questão da relação social e psicológica. Duas pessoas pertencentes a uma mesma sociedade podem não ser semelhantes, elas são aproximadas de acordo com gostos, preferências e crenças. No mundo acadêmico isso é fácil de ser percebido, pois, são incontáveis as vezes em que alunos de sociedades totalmente diferentes, quando reunidos em conferências por exemplo, se identificam uns com os outros.
Em suma, o que sempre estamos vendo pode ser familiar por estarmos convivendo com aquilo, mas não conhecido porque não nos identificamos com o mesmo. E o que não estamos vendo pode ser exótico por não ser um objeto com o qual convivemos, mas é conhecido, por que nos identificamos com ele.
O autor descreve algumas de suas experiências na Antropologia para ajudar ao leitor em seu entendimento. Segundo ele, a unidade da sociedade não se dá pelo idioma e sim por características em comum.
Na sociedade urbana existem casos em que o estranhamento é igual, se não maior, do que o estranhamento causado no contato com sociedades exóticas. Isso acontece porque a sociedade é muito