Revelação do Abuso Sexual Infantil: Reações Maternas
Essa resenha é baseada no artigo intitulado Revelação do Abuso Sexual Infantil: Reações Maternas, escrito por Samara Silva do Santos e Debora Dell’Aglio que a borda o tema do abuso sexual infantil e as suas implicações no âmbito familiar materno. O artigo em questão traz a tona, uma série de questões que transcorre após o momento em que é feita a revelação do abuso sexual infantil (ASI). Dell’Aglio e Santos (2009) realizaram uma pesquisa qualitativa afim de verificar as principais reações e posicionamentos da figura materna perante a revelação do abuso sexual intrafamiliar. O método de pesquisa usou mães de meninas que foram vítimas de ASI, (Dell’Aglio & Santos, 2009) a idade das mães variou de 24 anos a 40 anos, foram realizadas entrevistas a fim de conhecer as reações perante as revelações e as atitudes tomadas a partir desse momento. Segundo Dell’Aglio e Santos(2009), as reações maternas diante do abuso sexual de suas filhas, foram classificadas em reações positivas e ambivalentes, observando também as dimensões de credibilidade e ação. Conforme apontam Dell’Aglio e Santos(2009), a maioria das mães acreditaram nos relatos de suas filhas e por sua vez tomaram a atitude de denunciar e procurar ajuda. Em contraponto nota-se o medo das mães em denunciar o abusador, este fato está associado à perda da família constituída, o medo do que a sociedade possa pensar sobre o seu papel de mãe. Neste estudo observa-se uma ocorrência maior de reações positivas, indicando que as mães acreditam no relato de suas filhas, fazendo a denuncia, mantendo e acompanhando suas filhas ao atendimento psicológico (Dell’Aglio & Santos, 2009). Diante de uma situação de extrema complexidade que é o ASI, o qual envolve diretamente figuras de um grande vínculo familiar afetivo. A mãe encontra-se tão envolvida nesta situação, quanto à vítima e o abusador. Sua postura perante a descoberta dessa situação é o