Sônia Alem Marrach leciona na UNESP-Marília, é autora de vários livros, sobre os quais se destacam o enfoque sócio-educacional. No texto ‘Neoliberalismo e educação’ a autora traça no decorrer daslinhas, paralelos entre vertentes do liberalismo, ambas envasadas no que diz respeito à sociedade e educação. Este é um conjunto que, segundo suas pretensões, evidencia a predominância da essênciacapitalista neoliberal, reproduzida através da educação dentro da sociedade. No mundo cada vez mais globalizado, como Marrach faz referência em seu texto a Octávio Lanni, a "globalização daglobalização” carece de tamanha excelência, eficácia e acima de tudo produtividade para seu desenrolar; e na escola, obviamente, que esse fenômeno de universalização encontra meios para reproduzir seuspreceitos. No liberalismo clássico a educação era indissolúvel dos direitos sociais e políticos do indivíduo, este que possuía papel dentro da sociedade ao exercer sua função de cidadão. São liberdades edireitos que posteriormente serão podados para responder ao constante aumento do mercado das grandes potências mundiais que carecem de interdependência e liberdade, bem como da menor intervenção doestado em suas relações de comércio. Surge então, no período em que os EUA detém a hegemonia do planeta, como classifica a autora, a ideologia neoliberal, esta que veio como antídoto ou artifício à faltade subsídio ao desenvolvimento do processo de universalização das economias, que obviamente, necessitaria de mão de obra melhor preparada para suprir suas expectativas. Quando no liberalismoclássico a liberdade era um direito do indivíduo quando cidadão, na concepção neoliberal, esta liberdade deve favorecer às grandes organizações de comércio. A liberdade que não abdicavam os neoliberais erasobre o movimento do capital, acreditando que a economia é resiliente e autorregulável e não carecia de intervenções estatais para se ajustar. Começa então na educação, o que se pode chamarSônia Alem Marrach